Há diversas interpretações para a Lua e o Sol sejam pintados na arte. Os povos pré-hispânicos adoravam o Sol, símbolo para a energia vital, e a Lua também era vista como significação do feminino, pequena e frágil. Além disso, a representação dos astros pode indicar a continuidade da dor de Frida, que duraria dia e noite, num ciclo sem fim.
Olhando para o espectador enquanto lágrimas escorrem de seu rosto, Frida passa uma expressão de dor profunda – ainda que ela se mantenha firme e forte diante a situação.
O uso de plantas comuns em regiões inóspitas e o rio seco que derrama uma gota pelo seio podem indicar a esterilidade de Frida. Quando o quadro foi produzido ela já tinha abortado três vezes, deixando-a certa de que nunca seria mãe – um de seus maiores sonhos. Seu sofrimento interno ganhou voz pela flora típica do país em que vive.
As mãos cheias de raízes devem representar a mãe-pátria, e toda a ancestralidade abraça e reconforta a dor de Frida. Cada um dos membros está pintado com cores que representam dia e a noite, indicando que essa proteção acontece 24 horas por dia.